Liberdade de expressão x denuncismo apócrifo

A liberdade de expressão é garantida constitucionalmente. Com certeza uma grande conquista para sociedade brasileira. Como não poderia deixar de ser diferente, tudo em nosso país acaba deturpado e mal utilizado. A exemplo, podemos assistir inúmeros espetáculos de denuncismo.

Caros leitores, nem as mais antigas instituições do mundo estão livres da mácula das denuncias apócrifas. A igreja, o parlamento e até as instituições militares padecem desta mazela. Não é privilégio somente de grandes centros e serviços de inteligência a prática do hábito em epígrafe.

Aqui no cerrado já encontramos vôos de denuncias e mais denúncias sem saber de onde vem, mas com fim claro, a briga pelo poder. Presenciamos a prática da teoria de Hobbes “O homem é o lobo do próprio homem”. Nem a centenária Polícia Militar do Estado de Goiás escapou das “conversas de lavadeiras”.

A ética e o pundonor policial militar parecem existir apenas no antigo texto do estatuto dos servidores militares do estado de Goiás. Galões descem do alto de sua hierarquia, que deveria ser banhada pela honra, lealdade e sinceridade para embrenhar-se a conversas infundadas e apócrifas.

Fatos criminosos são imputados a diversas personalidades, palavras ao vento ou verdades a serem escondidas? Isto, caros amigos, pouco importa, visto que o fulcro destas ações de informações e contra-informações é apenas evitar a ascensão de alguns e favorecer a outros.

O pior é que a ultima preocupação é a sociedade. O serviço a ser prestado e a da instituição são quem pagam o preço por tão torpe lide.  Os valores da verdade honra, dignidade e lealdade são abandonados ao mero aceno da possibilidade de assumir o lugar do outro.

O bem maior fica exposto e enfraquece. A instituição centenária arca com o ônus dos aproveitadores de plantão. A nossa liberdade de expressão deve ser usada para fazer crescer a nossa Polícia Militar. Se existem desvios e fatos indignos dos profissionais que compõe as nossas fileiras, aqueles que conhecem e tem condições de provar, tem o dever de apontar.

O denuncismo apócrifo não é o caminho para o crescimento de nossa corporação. A sesquicentenária Polícia Militar não merece padecer ante estes feitos de pessoas descompromissadas conosco.

Precisamos sim de infantes de corpo e alma, aqueles que seguem o lema: “antes morrer lutando que viver covardemente”. Se temos a garantia da liberdade de expressão devemos usá-la em plenitude. Se não temos coragem de assumir o que nós mesmos falamos, não somos dignos de integrar uma instituição militar.

Por fim rogo aos denuncistas que no mínimo honrem a farda que vestem. Assumam o que dizem, não imputem palavras a seus irmãos, ou calem-se dentro de vossas mediocridades. Palavras sem autoria são soltas ao vento e não causam efeitos.

Salve a liberdade e honra e glória a Polícia Militar do Estado de Goiás.


Francisco de Assis Ferreira Ramos Jubé – Cap QOPM
Operador de Segurança
franciscojube.blogspot.com

Um comentário:

  1. Chico, parabéns pelo seu blog.

    Eu confundi o significado de perene com perecer. Falha minha. Chico também é cultura. kkkkkk

    Um grande abraço. Do Gordo do andar de cima.

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